quarta-feira, 29 de abril de 2009

Compartilhando....

Vou postar aqui um texto que li essa semana, e que achei muito bom... Será que nos identificamos?

Possui uma ovelha... Era umas das mais bonitas que já me pertencera. Seu corpo era belamente proporcionado. Tinha uma forte constituição, e um excelente casaco de lã. Sua cabeça era limpa, alerta, firme, com olhos brilhantes. Paria cordeiros robustos, que se desenvolviam rapidamente.
Mas, apesar de todos estes atributos, possuía uma falha acentuada: era desassossega -descontente - invasora das propriedades alheias.
Tanto, que passei a chamá-la de: "Senhora andarilha". Esta ovelha dava-me mais problemas que todo o restante do rebanho. Não importava em que campo ou pasto estivesse, procurava ao longo das cercas, ou ao longo da costa (morávamos perto do mar ), uma passagem por onde pudesse atravessar, a fim de pastar no outro lado.
Não é que lhe faltasse pastagens. Meus campos eram minha alegria e meu deleite. Nenhuma ovelha do distrito tinha grama melhor. O que a "Senhora Andarilha" possuía era um hábito enraizado. Simplesmente nunca se contentava com as coisas como elas eram. Muitas vezes, quando forçava a abertura em algum ponto da cerca, ou encontrava passagem por baixo do arame, na maré baixa, alimentava-se de um pasto roído, seco, de qualidade inferior.
Mas nunca aprendia a lição e continuava a invadir as propriedades alheias vez após vezes. Já teria sido suficientemente mal, se apenas fizesse isso, já era um problema encontrá-la e trazê-la de volta. Mas a dificuldade adicional é que ensinava aos cordeiros a mesma travessura. Simplesmente seguiam-lhe o exemplo, e logo estavam tão hábeis em escapar quanto a mãe.
Pior que isto, contudo, era o exemplo que ela dava às outras ovelhas. Em pouco tempo, começou a guiar as outras pelas mesmas fendas e pelas mesmas passagens perigosas durante a maré baixa. Finalmente, depois de lutar com a sua teimosia durante um verão inteiro, conclui que, para salvar o restante do rebanho, ela tinha de ir embora. Não podia permitir que uma ovelha descontente e obstinada prejudicasse o funcionamento de uma organização.
Foi uma decisão difícil de tomar, porque eu a amava do mesmo modo que gostava das demais. Sua força, sua beleza e seu jeito sempre alerta eram um deleite para os olhos. Mas, em uma certa manhã, peguei a faca e abati-a. Sua carreira de invasora foi cortada cedo. Foi a única solução para o dilema.
Ela era uma ovelha que, apesar de tudo o que fazia para dar-lhe o melhor - ainda queria algo mais.
Texto do livro: A Shepherd looks at Psalm 23 , do autor Philip Keller.

Quando li esse texto fiquei pensando sobre a ovelha abatida, e me senti triste por ela. Porque ela tinha tanto amor do dono, ele dava as melhores coisas, tinha o melhor pasto, e mesmo assim ela cismava em ir procurar por coisas em outros lugares. =/
Quantas vezes fazemos o mesmo que ela? Quantas vezes olhamos para a cerca e em vez de fugir dela, o que por sinal é muito tentador, vamos direto para ela? E esquecemos que no nosso pasto tem o melhor de todos? Em que área ultrapassamos os limites de Deus? Quando ultrapassamos eles, pensamos nas consequências?? Sim ou não?? Lembre-se sempre antes de olhar pra cerca adiante, que o Senhor é o nosso Bom Pastor, ok? Assim como o salmos 23 nos lembra :)

Boa semana!!!

3 comentários:

Cris disse...

Oi, Kati! Gostei do texto, mas também achei um pouco triste.
Realmente, muitas vezes estamos em busca desse "algo mais" e nem sabemos o que é. Vale refletir...
Bjs!

Kati Rodrigues disse...

Pois é Cris, realmente ele é triste, mas nos leva a refletir mesmo, pq esse "algo mais", quase sempre acaba nos levando a morte mesmo, né?

Wilma Rejane disse...

Graça e Paz Kati!

Que ilustração!! Nos faz reletir.Vejo mais algumas lições no texto: A bela aparência da ovelha podia até enganar pastores visitantas do rebanho, ou até mesmo atrair outras ovelhas que logo, logo, estariam no mesmo erro.

Como mãe, ela foi um péssimo exemplo. Os filhos seguiam-na. Essa ovelha, pode ser comparada a mulher tola, da Bíblia.

Por fim, o problema da narrativa, não eram nem o pasto, nem o pastor, mas a ovelha. infelizmente, uma lição que é realidade na vida de muitos irmãos.

Um grande abraço, irmã. Que Deus a abençoe.